domingo, 8 de novembro de 2009

De Volta a 1ª !




Há um ano atrás assistimos o desespero de muitos torcedores fanáticos do Vasco por causa do rebaixamento para na segunda divisão do futebol brasileiro, ontem assistimos a alegria dos vascaínos em retornarem a elite do futebol. Durante o ano víamos várias propagandas, na TV e em camisas, convocando aos torcedores daquele rebaixado time para que não abandonassem o barco, mas que insistindo que o sentimento não podia parar.
É incrível a alegria do brasileiro diante dos clubes de futebol, é interessante olhar a paixão com que se defende o time, como sabemos sobre ele e como essas pessoas se engajam nos planos desses clubes.
Precisamos usar essa mesma dedicação, paixão e principalmente alegria com que defendemos nossos clubes, para com o reino de Deus e a sua Igreja.
Precisamos nos lembrar sempre que o “Sentimento não pode parar”, muitas vezes dizemos que amamos a Igreja, nos identificamos com ela e basta virem os problemas muitos desistem da caminhada, preferem abraçar outro “time” que parece está seguro na “elite”.
Hoje nós estamos investindo 4 homens, para cuidarem da administração da nossa igreja, e 2 homens e 3 mulheres para o serviço de ajuda e apoio ao templo e principalmente aos necessitados. Nem sempre as escolhas desses irmãos irão ser similares a minha, em algum momento esses irmãos poderão cometer equívocos, mas uma coisa que certamente marcam eles é o amor e a dedicação a Igreja.
Que nós assim como a torcida do Vasco que mesmo rebaixado não o abandonou, possamos estar juntos desses irmãos os ajudando, que mesmo quando as suas decisões confrontarem com as nossas opiniões possamos amá-los mesmo assim.
E possamos sempre ter a alegria de voltar a 1ª, Como disse Davi: Alegrei-me quando me disseram vamos à casa do Senhor”. Sl 122.1
Rev. Erivan Júnior

domingo, 18 de outubro de 2009

“Que PAZ queremos?”



Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo. João 14:27
Nesses dias de conflitos entre traficantes e com a polícia ficamos aterrorizados, não sabemos se podemos sair de casa cedo, não sabemos até que horas voltamos para o trabalho, enfim ficamos apavorados e sem uma direção.
A polícia tenta estabelecer paz, cercando as comunidades, o que irrita ainda mais os grandes traficantes que acabam maltratando ainda mais as famílias que ali moram. Os grandes mártires dessa guerra, segundo a mídia, são os três soldados mortos e os três rapazes que voltavam de uma festa e foram executados. Ficam no anonimatos o nome de mais de trinta outras pessoas que foram mortas, aparentemente traficantes, ou seriam apenas usuários que estavam a serviço desse poder paralelo para alimentar o vício?
Parece que nós até gostamos de saber que esses trinta eram traficantes, afinal um punhado deles a menos....
Que paz é essa que queremos? A paz conquistada com a guerra, a paz conquistada com a morte de outras pessoas?
Nossa paz segundo as palavra de Jesus excede essa paz pregada na tv e defendida pela polícia, nossa paz é a paz de Cristo, paz no sentido de harmonia com Deus, de segurança para enfrentar esse mundo, de sair de casa sabendo que Deus cuidará de cada um dos nossos passos, de que a maldade desse mundo é fruto do pecado humano que cada dia está mais entranhado.
Que o Deus da Shalom, possa nos ajudar a ser cada dia mais sal e luz nessa cidade tão carente de Cristo, tão carente de Shalom que só Deus pode dar.

Rev. Erivan Júnior
Pastor da Igreja

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Vergonha Nacional!




FOGUEIRA SANTA, ENGANAÇÃO DEMONÍACA OU CRIME?
“Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte? Quem não empresta o seu dinheiro visando lucro nem aceita suborno contra o inocente. Quem assim procede nunca será abalado!” Salmo 15.1,5
Esses dias ao ligar a TV constatei uma prática muito usada na Idade Média mas que ultimamente está em alta: A igreja usurpando todos os bens das pessoas e prometendo-lhes as bênçãos de Deus em troca. Minha primeira atitude foi de chacota com aquela situação cômica, mas em seguida eu pensei nas milhares de pessoas que estão inocentemente entregando àquele grupo de criminosos da religião simplesmente tudo o que tem (anos de dedicação da família). Lembrei-me de um triste testemunho que ouvi de um homem (taxista) que eu pretendia evangelizar numa viagem no interior da Paraíba: Eu comecei a falar de Jesus, e ele já foi me perguntando se eu era DAQUELA igreja, por que ele não agüentava mais falar de igreja. Eu expliquei que não e ele começou a abrir o coração:
“Eu estou me separando, minha mulher colocou na cabeça que vai vender a casa e dar todo o dinheiro na Fogueira “Santa”, é a casa que nós construímos em muitos anos de casados. E eu não agüento mais, nossa vida virou um inferno; eu resolvi: vou vender a casa, dar a parte dela e com a minha parte vou recomeçar minha vida.”
E mudei meu pensamento de chacota para revolta. Esse não é o testemunho que agente vê na TV. E quantos de milhares não estão nessa situação. Desde quando Deus exigiu o TUDO de alguém? Onde na Bíblia Deus induziu pessoas a se separarem para dar os seus bens?
Analisando o Salmo acima, Deus repudia o ganho fácil, com juros, com suborno (trambiques, calotes, enganações) aos inocentes. Deus repudia essa prática, de santa essa tal fogueira não tem nada, ela é sim um caso de polícia. Como Igreja Presbiteriana Independente queremos expressar nossa posição contrária a essa prática anti-cristã.
Á luz das Escrituras, esses certamente ficarão de fora do reino, do Santuário de Deus, ouvirão mais uma vez as palavras de Jesus: “A Casa de meu Pai é um lugar de oração e vocês fizeram dela um covil de ladrões.” (Marcos 11.17), e por fim apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno preparado para o diabo e seus anjos.


Rev. Erivan Júnior,
Escrito em 10 de Junho de 2007

segunda-feira, 10 de agosto de 2009



106 Anos
Egreja Presbyteriana Independente Brazileira


No último dia 31 de Julho, comemoramos mais um ano de organização da “Egreja Presbyteriana Independente Brazileira”, conforme a ortografia da época. Os questionamentos do Rev. Eduardo Carlos Pereira foram desprezados pelo sínodo, mas encontraram força na nação. Os anais da história falam que diante daquela aparente derrota um grupo de seis pastores e 15 presbíteros se dirigiram para o Templo da 1ª Igreja Presbiteriana de São Paulo, pastoreada pelo Rev. Eduardo, ali passaram a noite em oração, foi uma noite regada por muitas lágrimas, entre os cânticos mais cantados naquela noite foram os históricos “Chuvas de Bênçãos” e “Um Pendão Real”.
Em um mundo com tantas limitações e em um país com tantas dificuldades, provavelmente dúvidas e questionamentos deviam povoar os corações daqueles homens, mas a disposição de servir a Deus com a consciência livre e ao mesmo tempo cativa somente pela Palavra de Deus.
O Desafio de crescer era talvez o maior de todos, logo, nos primeiros anos, estabeleceu-se uma Grande Coleta no culto de aniversário da Igreja, a quantia arrecadada pelas poucas igrejas existentes “multiplicava-se” e sustentava o trabalho missionário da igreja no país por todo ano seguinte, daí o nome de “Igrejinha dos Milagres”.
Certamente aqueles homens não imaginavam que hoje fossemos uma igreja com 512 Igrejas organizadas, mais de 100.000 membros e espalhada por todo o país, mas eles assim mesmo não se intimidaram da sua missão.
Hoje Celebramos os 106 anos daquele ato histórico, cantamos os mesmos hinos, professamos a mesma fé, celebramos os mesmos sacramentos. Que tenhamos a mesma disposição, para que possamos marcar nossa geração.


Rev. Erivan Júnior
Pastor da Igreja

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Nascimento da Igreja Presbiteriana Independente


Em meados do século XIX, missionários norte-americanos implantaram a Igreja Presbiteriana, a qual era vinculada à igreja mãe com sede nos Estados Unidos. O trabalho foi se desenvolvendo, pastoreado unicamente por esses missionários norte-americanos, que iam disseminando igreja em várias cidades de nosso país.
Nos primórdios da implantação do Presbiterianismo no Brasil, todo o comando e decisões cabiam aos missionários norte-americanos. Entretanto, à medida que aumentava o número de pastores brasileiros, esta influência começou a arrefecer, situação que nem sempre era aceita.
Desta forma, começou uma situação de tensão, pois muitas vezes os norte-americanos insistiam em participar dos concílios, contrariando a vontade dos brasileiros. Certa vez, a própria missão norte-americana reconheceu e opinou “não se podem ajustar sob a mesma jurisdição eclesiástica homens de diferentes nacionalidades, costumes e tradições”. Não havia dúvida que o Rev. Eduardo e seus companheiros queriam respirar ares de liberdade e independência. Aliada a essa tensão, encontrava também em debate a questão da maçonaria.
Neste embate, escreve o Rev. Vicente Themudo Lessa: “Nascido para lutas, não vacilava o Rev. Eduardo na defesa de suas idéias. Era de uma tenacidade admirável. Muitos antigos companheiros se iam dele afastando cada vez mais. Ele, porém, combatia até ao extremo. Aumentando as suspeitas e desconfianças naquela atmosfera pesada. Se os descontentes eram muitos, não pequeno era o número dos admiradores que ele ia conquistando”. Se com ímpeto lutou contra a escravidão, com maior ardor, combatia a maçonaria dentro da igreja. Escreveu vários artigos sobre o tema, publicando por fim o livro intitulado “A Maçonaria e a Igreja Cristã”.
No inicio do século XX, a questão da interferência dos pastores norte-americanos e também a questão maçônica atingiram seu ápice. Era necessária uma solução definitiva. Para este fim, se reuniu o Sínodo em 31 de julho de 1903. Nesta ocasião, os debates, as propostas e as contra-propostas foram acaloradas, mas a minoria, liderada pelo Rev. Eduardo Carlos Pereira, foi vencida.
Diante deste fato e demonstrando muita emoção, o Rev. Eduardo e mais seis pastores e quinze presbíteros se retiraram da reunião para fundarem a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
Nesta ocasião, o Rev. Eduardo despediu-se com as seguintes palavras:“Vós ouvireis falar de nós, nós ouviremos falar de vós e um dia, perante o Juiz, nos encontraremos. Felicidades, meus patrícios.”
Registra o Rev. Vicente Themudo Lessa: “Deviam ter saído mesmo? Teria sido um ato precipitado? Eis as perguntas que se fazem agora”.
Liderado pelo Rev. Eduardo, no total de sete pastores e quinze presbíteros, naquele mesmo dia se reuniram e passaram a noite em oração e, orientados pelo Espírito Santo,no dia seguinte fundaram a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
Esta igreja assim constituída, foi coroada de bênçãos, desenvolveu-se em número e graça. Mereceu admiração geral e, em seus primórdios, recebeu a denominação de “Igrejinha dos Milagres.”
Flavio – membro da 1ª IPI de São Paulo, neto do
Rev. Eduardo Carlos Pereira(Adaptado)

domingo, 19 de julho de 2009


Mês de Julho,
Mês de Pensar na História


“Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança.”(Lamentações 3.21).
O mundo mudou completamente, em 106 anos de história, hoje temos acesso fácil ao computador, podemos em poucas horas cruzar o país do Oiapoque ao Chui, em poucos segundos podemos enviar correspondências para pessoas no mundo inteiro e ainda em pouquíssimo tempo fazer grandes transações financeiras. Mas nem sempre as coisas foram tão fáceis assim.
Há Cento e três anos os sistemas de comunicação não tinham nem 10% da eficácia que têm hoje, as notícias demoravam muito a se difundirem. Mas, nesse contexto de aparente dificuldade, um jovem pastor de 26 anos de idade inicia sua luta pela “reforma” da Igreja Presbiteriana do Brasil, e através das páginas do Estandarte começou a difundir seus pensamentos e sonhos para uma Igreja Genuinamente Brasileira.
Em pouco tempo seus pensamentos já tinham conquistado adeptos em todo o país, chegado a Reunião do Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil. Ele defendeu com toda sabedoria, mas foi vencido pela maioria pró-maçonaria e pela arrogância dos americanos que eram, naquela época, grande maioria no concílio. Não lhe restou outra saída: Sair, não adiantava estar numa igreja que não comungava dos mesmos princípios, que não tinha a visão missionária pensada por brasileiros e para o Brasil. Naquele concílio, saíram após o Rev. Eduardo Carlos Pereira outros 6 pastores e 14 presbíteros.
Sem grandes estratégias de Marketing, viajando em carros precários e principalmente num lombo de um cavalo, os ideais daquele grupo se espalharam por todo o Brasil, e hoje nossa Igreja herdeira dessa história se encontra em todos os estados de nossa nação. Foi como um fino pó soprado pelo Espírito Santo sobre Nossa nação.
Precisamos aprender com aqueles 21 homens. Seu trabalho foi intenso e hoje somos quase 100.000 membros em todo o país. Hoje aqui no Maracanã somos uma Igreja com 60 membros, podemos ir muito mais longe, aproveitando todas essas facilidades que temos à disposição, usando-as a serviço do Reino.

Rev. Erivan Júnior
Pastor da Igreja

sábado, 11 de julho de 2009

Mês de Julho,
Mês de Relembrar a História


O Mês de Julho sempre é um mês muito comemorado na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. Lembro-me de quando ainda adolescente na pequena cidade de Pendência/RN, quando no mês de julho era tão difícil conseguir uma costureira livre quanto no mês de Dezembro. Toda a cidade se preparava para participar da festa “do dia 31 de Julho”, crentes novos e antigos vinham a Igreja, até aqueles que há muito não iam a Igreja, no 31 de Julho estavam lá.
Hoje certamente as coisas mudaram, ninguém tinha computadores em casa, a TV não concorria tanto com a Igreja (ou o Evangelho), eram realmente outros tempos. Mas uma coisa continua: Nossa Igreja, cada dia mais madura, e com tantas coisas boas para comemorar a cada ano que passa.
Precisamos pensar na alegria de sermos uma igreja, que continua a 106 anos fiel aos seus princípios, uma igreja que não se amolda ao mercado religioso, uma igreja que continua se reformando sem perder suas raízes e sem esquecer sua história. Hoje observamos pessoas comuns e mesmo líderes trocarem de igrejas como quem troca de lanchonetes, supermercados ou roupas, por outro lado temos uma Igreja que tem orgulho de sua trajetória, história essa marcada pela vida abnegada de muitas pessoas em todos os lugares do nosso país.
Esse mês devemos relembrar nossa história, muitas vezes encontramos motivos para tristeza e até vergonha, mas muitas vezes encontramos grande inspiração para nossa caminhada cristã, até para nossa igreja.
Precisamos amar nossa Igreja, sentirmo-nos parte dela. Somos parte de um corpo, que não está isolado apenas num lugar, mas espalhado por todo o país.

Rev. Erivan Júnior
Pastor da Igreja